No dia 2 de maio de 1989 era lançado The Stone Roses, álbum de estreia do Stone Roses. Você confere as faixas do Stone Roses na programação da FWR.

Como os Stone Roses eram os líderes nominais da cena de Madchester da Grã-Bretanha, um fenômeno do indie rock que fundia o pop de guitarra com a cultura dance e rave movida a drogas, é bastante irônico que sua estreia homônima apenas insinue dance music.

O que tornava os Stone Roses importantes era como eles recebiam a dance e o rock juntos, tratando-os como se fossem a mesma fera. Igualmente importante foi a arrogância fria e distanciada dos Roses, personificada pelos vocais indiferentes de Ian Brown. A malevolência sem esforço de Brown é trazida à vida com canções que igualam seus sentimentos e sua voz, I Wanna Be Adored, com sua linha de baixo arrepiante e ondas de ganchos de guitarra marcantes. O mesmo com I Am the Resurrection. Mas a chave para The Stone Roses são as camadas de trechos simples e extremamente cativantes de John Squire e como a seção rítmica de Reni e Mani sempre implica ritmos de dança sem ir abertamente para a pista. Em She Bangs the Drums e Elephant Stone, os ganchos entram no ritmo inseparavelmente, a pegada anos 60 e as batidas contínuas conseguem transmitir o mundo colorido e neopsicodélico do acid house. Os riffs de Squire são brilhantes e cativantes, relembrando a invasão britânica enquanto sugerem o futuro com seus efeitos de eco em fases.

The Stone Roses foi uma revolução dupla, trouxe a dance music para um público que era anteriormente obcecado por guitarras monótonas, enquanto revivia o conceito de composição pop clássica, e as repercussões de sua conquista podiam ser ouvidas ao longo dos anos 90, pena que os Stone Roses nunca mais pudessem atingir esse nível de conquista novamente.